PRÉ-HISTÓRIA - Homo Denisovensis




                                       AMAZONAS ATUAL - Hominídeo 'superarcaico' pode ser novo galho na ...                                          
                                                                                     
                                                                                                              HOMO DENISOVENSIS

O hominídeo de Denisova é uma possível espécie de hominídeo
descoberta na caverna de Denisova, na Sibéria.

O exemplar encontrado (também chamado mulher X)
foi identificado como uma possível nova espécie
através da análise de DNA, anunciada em março 2010.

Pensa-se que esta nova espécie de Homo viveu entre há um milhão e quarenta mil anos,
em áreas onde também viviam homens de Neanderthal e Homo sapiens sapiens,
embora a sua origem se encontre possivelmente numa migração distinta
da associada aos humanos modernos e aos homens de Neanderthal.

Uma equipe de cientistas sequenciou DNA mitocondrial (mtDNA)
extraído de um fragmento de osso proveniente do dedo de uma criança
que foi encontrado na caverna de Denisova, nos montes Altai da Sibéria,
num estrato datado de trinta a cinquenta mil anos antes do presente.
Na mesma camada em que apareceu o osso,
também se encontraram vários artefatos e ferramentas.

A análise do mtDNA indica a existência de um antepassado comum
entre o hominídeo de Denisova, o Homo sapiens sapiens e o homem de Neanderthal
que poderá ter vivido há aproximadamente um milhão de anos.
O DNA mitocondrial indica que este hominídeo surgiu de uma migração
a partir de África distinta da que deu origem ao Homo sapiens sapiens
e ao homem de Neanderthal e distinta do êxodo anterior do Homo erectus.

As estimativas sugerem que os ancestrais dos humanos modernos se separaram de ambos,
dos neandertais e dos Denisovanos, entre cerca de quinhentos e trinta e três mil
e quinhentos e oitenta e nove mil anos atrás, enquanto que as populações de neandertais
e Denisovanos parecem ter se separado mais tarde,
cerca de trezentos e oitenta e um mil anos atrás.

Também foi observado, em um estudo de 2013,
que o genoma dos hominídeos de Denisova inclui
um componente derivado de um hominídeo desconhecido
que divergiu muito antes da separação entre os seres humanos modernos,
homens de Neanderthal e de Denisova.

A Caverna Denisova está localizada no sudoeste da Sibéria,
nas montanhas de Altai, perto da fronteira com a China e a Mongólia.
Leva o nome de São Dinis (Dionisii), um eremita russo que morava lá no século XVIII.
O clima frio da caverna Denisova preservou o DNA
e, portanto, uma equipe de cientistas sequenciou mtDNA extraído do fragmento.

Com base em antigos genomas, os pesquisadores concluíram que os denisovanos,
os neandertais e os humanos modernos se misturaram na era glacial da Europa e da Ásia.
Os genes de ambas as espécies humanas arcaicas estão presentes em muitas pessoas hoje em dia.

Uma comparação detalhada dos genomas humanos, denisovanos e neandertais
revelou provas de uma complexa teia de cruzamentos entre as linhagens.

Através de tais cruzamentos, 17% do genoma do DNA de Denisova
representa a população neandertalense local,
enquanto que evidência foi encontrada também de um contributo
para o genoma nuclear de uma linhagem antiga de hominíneo ainda a ser identificado,
talvez a fonte do mtDNA atipicamente antigo.

Um pedaço de um osso de uma adolescente que morreu há mais de 50 mil anos,
desenterrado em uma caverna no vale de Denisova, na Rússia,
em 2012, indica que sua mãe era neandertal e seu pai era denisovano.

O DNA dos denisovanos sugere que eles viviam na Sibéria
e eram geneticamente mais diversificados do que os neandertais.

Evidências arqueológicas sugerem que os denisovanos
foram o resultado de uma migração distinta anterior da África.
Depois de deixar a África, o ancestral comum dos denisovanos e neandertais
experimentou intercruzamentos e baixo fluxo gênico
antes de separar e seguir caminhos separados.

Originalmente, acreditava-se que os denisovanos só existiam na Sibéria,
no entanto, dados argumentam que isso não é completamente verdade.
Através do exame cruzado das seqüências genômicas dos humanos modernos,
chimpanzés, neandertais e denisovanos, os pesquisadores descobriram
que o material genético denisovano estava presente no Sudeste Asiático e na Oceania.

Pelo menos três populações denisovanas geneticamente distintas se separaram
da mesma população siberiana e acasalaram com humanos antigos em outras partes da Ásia.
As pessoas que vivem agora em partes do leste da Ásia, Indonésia e Papua-Nova Guiné
têm ancestrais dessas três linhas denisovanas.

Pouco se sabe sobre as características anatômicas precisas dos denisovanos,
uma vez que os únicos restos físicos descobertos até agora são o osso do dedo,
dois dentes de onde foi coletado material genético, um osso do pé,
e uma queixada encontrada fora da caverna Denisova da Sibéria, Rússia.

No entanto, através do processo de regulação epigenética chamado “metilação”,
em que alterações químicas influenciam a atividade dos genes,
foi possível ultrapassar essa dificuldade e conseguiu-se
fazer uma reconstituição anatómica completa de um

Fonte: https://pt.wikipedia.org/
       

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