PRÉ-HISTÓRIA - Homo Sapiens Sapiens

Homo sapiens tem 100 000 anos a mais e agora poderá se aposentar ...

                                                                                                          Homo Sapiens Sapiens

Humano (taxonomicamente Homo sapiens),
termo que deriva do latim "homem sábio", ser humano, ser pessoa, gente ou homem,
é a única espécie animal de primata bípede do género Homo ainda viva.

A espécie surgiu há cerca de trezentos e cinquenta mil anos na região leste da África
e adquiriu o comportamento moderno há cerca de cinquenta mil anos.
Entretanto, evidências arqueológicas publicadas em 2017 sugerem que a humanidade
pode ter se espalhado por todo o continente africano ainda antes, cerca de trezentos mil anos atrás.

Os membros dessa espécie têm um cérebro altamente desenvolvido,
com inúmeras capacidades como o raciocínio abstrato,
a linguagem, a introspecção e a resolução de problemas complexos.

Esta capacidade mental, associada a um corpo ereto, possibilitou o uso dos braços
para manipular objetos, fator que permitiu aos humanos a criação e a utilização de ferramentas
para alterar o ambiente à sua volta mais do que qualquer outra espécie de ser vivo.
Outros processos de pensamento de alto nível, como a autoconsciência,
a racionalidade e a sapiência, são considerados características que definem uma "pessoa".

O Homo sapiens surgiu na África Oriental por volta de trezentos mil anos atrás,
depois se espalhou para o leste do Mediterrâneo em torno de cem mil
a sessenta mil anos atrás e pode ter chegado na China há oitenta mil anos.

Atualmente os seres humanos estão distribuídos em toda a Terra.
Em novembro de 2011, a população humana foi estimada em cerca
de 7 bilhões de indivíduos pela Organização das Nações Unidas.
Desde o surgimento da civilização, os humanos são uma forma dominante de vida biológica,
em termos de distribuição espacial e efeitos sobre a biosfera do planeta.

Como a maioria dos primatas superiores, os seres humanos são sociais por natureza,
sendo particularmente hábeis em utilizar sistemas de comunicação, principalmente verbal, gestual
e escrita, para se expressar, trocar ideias e se organizar.

Os humanos criaram complexas estruturas sociais compostas
de muitos grupos cooperantes e concorrentes, de famílias até nações.
As interações sociais entre os humanos criaram uma variedade extremamente grande de tradições,
rituais, normas sociais e éticas, leis e valores, que em conjunto formam a base da sociedade humana.

A cultura humana é marcada pelo apreço pela beleza e estética, o que, combinado
com o desejo de expressão, levou a inovações como a arte, a escrita, a literatura e a música.
O Homo sapiens, como espécie, tem como característica o desejo de entender e influenciar
o ambiente à sua volta, procurando explicar e manipular os fenômenos naturais
através da filosofia, artes, ciências, mitologia e da religião.

Esta curiosidade natural levou ao desenvolvimento de ferramentas e habilidades avançadas.
O ser humano é a única espécie conhecida capaz de criar o fogo, cozinhar seus alimentos,
vestir-se, além de utilizar várias outras tecnologias.
Os humanos passam suas habilidades e conhecimentos para as próximas gerações
e, portanto, são considerados dependentes da cultura.

O estudo científico da evolução humana engloba o desenvolvimento do gênero Homo,
mas geralmente envolve o estudo de outros hominídeos e homininaes, tais como o Australopithecus.
O "humano moderno" é definido como membro da espécie Homo sapiens,
sendo a única subespécie sobrevivente (Homo sapiens sapiens).
O Homo sapiens idaltu e o Homo neanderthalensis,
além de outras subespécies conhecidas, foram extintos há milhares de anos.

O Homo neanderthalensis, que se tornou extinto há trinta mil anos,
tem sido ocasionalmente classificado como uma subespécie classificada
como "Homo sapiens neanderthalensis", mas estudos genéticos sugerem uma divergência
entre as espécies Neanderthal e Homo sapiens que ocorreu há cerca de quinhentos mil anos.

Da mesma forma, os poucos espécimes de Homo rhodesiensis são também classificados
como uma subespécie de Homo sapiens, embora isso não seja amplamente aceito.

Os humanos anatomicamente modernos têm seu primeiro registro fóssil na África,
há cerca de cento e noventa e cinco mil anos, e os estudos de biologia molecular dão provas
de que o tempo aproximado da divergência ancestral comum
de todas as populações humanas modernas é de duzentos mil anos atrás.

Um amplo estudo sobre a diversidade genética Africana encontrou no povo San
a maior expressão de diversidade genética entre as 113 populações distintas da amostra,
tornando-os um de 14 "grupos ancestrais da população".

A pesquisa também localizou a origem das migrações humanas modernas
no sudoeste da África, perto da orla costeira da Namíbia e de Angola.
A raça humana teria colonizado a Eurásia e a Oceania há sessenta mil anos;
e as Américas apenas há cerca de trinta mil anos.

A recente descoberta em 2003 de outra subespécie diferente da atual Homo sapiens sapiens,
o Homo sapiens idaltu, na África, reforça esta teoria,
por representar um dos elos perdidos no conhecimento da nossa evolução.

Os parentes vivos mais próximos dos seres humanos são os gorilas e os chimpanzés,
mas os humanos não evoluíram a partir desses macacos:
em vez disso, os seres humanos modernos compartilham com esses macacos um ancestral comum.
Os seres humanos são provavelmente os animais mais estreitamente relacionados
com duas espécies de chimpanzés: o Chimpanzé-comum e o Bonobo.

O sequenciamento completo do genoma levou à conclusão de que
"depois de seis milhões e quinhentos mil anos de evoluções distintas,
as diferenças entre chimpanzés e humanos são dez vezes maiores
do que entre duas pessoas independentes e dez vezes menores d
o que aquelas entre ratos e camundongos".

A concordância entre as sequencias do DNA humano e o do chimpanzé variam entre 95% e 99%.
Estima-se que a linhagem humana divergiu da dos chimpanzés há cerca
de cinco milhões de anos atrás e da dos gorilas há cerca de oito milhões de anos.
No entanto, um crânio de hominídeo descoberto no Chade, em 2001,
classificado como Sahelanthropus tchadensis, possui cerca de sete milhões de anos,
o que pode indicar uma divergência mais anterior.

A evolução humana é caracterizada por uma série de importantes alterações morfológicas,
de desenvolvimento, fisiológico e comportamental, que tiveram lugar desde que a separação
entre o último ancestral comum de humanos e chimpanzés.

A primeira grande alteração morfológica foi a evolução de uma forma de adaptação
de locomoção arborícola ou semi-arborícola para uma forma de locomoção bípede,
com todas as suas adaptações decorrentes, tais como um joelho valgo,
um índice intermembral baixo (pernas longas em relação aos braços),
e redução da força superior do corpo.

Os hominóideos são descendentes de um ancestral comum.
Mais tarde, os humanos ancestrais desenvolveram um cérebro muito maior,
normalmente de 1 400 cm³ em seres humanos modernos,
mais de duas vezes o tamanho do cérebro de um chimpanzé ou gorila.

O padrão de crescimento pós-natal do cérebro humano difere do de outros primatas
(heterocronia) e permite longos períodos de aprendizagem social
e aquisição da linguagem nos seres humanos juvenis.

Antropólogos físicos argumentam que as diferenças entre a estrutura dos cérebros humanos
e os dos outros macacos são ainda mais significativas do que as diferenças de tamanho.

Outras mudanças morfológicas significantes foram: a evolução de um poder de aderência e precisão;
um sistema mastigatório reduzido; a redução do dente canino;
e a descida da laringe e do osso hioide, tornando a fala possível.

Uma importante mudança fisiológica em humanos foi a evolução do estro oculto,
ou ovulação oculta, o que pode ter coincidido com a evolução
de importantes mudanças comportamentais, tais como a ligação em casais.

Outra mudança significativa de comportamento foi o desenvolvimento da cultura material,
com objetos feitos pelos humanos cada vez mais comuns e diversificados ao longo do tempo.
A relação entre todas estas mudanças é ainda tema de debate.

As forças da seleção natural continuam a operar em populações humanas,
com a evidência de que determinadas regiões do genoma exibiram seleção direcional
nos últimos quinze mil anos.

Anatomicamente o ser humano moderno evoluiu do Homo sapiens arcaico na África
durante o Paleolítico Médio, há cerca de duzentos mil anos.
Embora alguns dos restos esqueléticos mais antigos sugiram uma origem da África Oriental,
o sul da África é o lar de populações contemporâneas
que representam o primeiro ramo da filogenia genética humana.

Até o início do Paleolítico Superior, há cerca de cinquenta mil anos,
o comportamento moderno, que inclui a linguagem, a música
e outras expressões culturais universais, já tinham se desenvolvido.

Estima-se que a migração para fora da África ocorreu há cerca de oitenta mil anos atras.
Os seres humanos modernos, posteriormente distribuídos por todos os continentes,
substituíram os hominídeos anteriores. 

Eles acabaram com o Homo neanderthalensis
e com outras espécies descendentes do Homo erectus
(que habitavam a Eurásia há 2 milhões de anos),
através do seu maior sucesso na reprodução e na competição por recursos.

Evidências acumuladas da arqueogenética, desde a década de 1990,
deram forte apoio ao "Hipótese da origem única",
e têm marginalizado a hipótese de competição multirregional,
que propunha que os humanos modernos evoluíram, pelo menos em parte,
de independentes de populações de hominídeos.

Os geneticistas propõem que a variação no DNA humano é minuta
quando comparada com a de outras espécies.

Eles também propõem que durante o Pleistoceno Superior,
a população humana foi reduzida a um pequeno número de pares reprodutores,
não maior de 10 000 e, possivelmente, não menor de 1 000,
resultando em um pool genético residual muito pequeno.

Várias razões para esse gargalo hipotético têm sido postuladas,
sendo uma delas a teoria da catástrofe de Toba.

Em uma série de análises genéticas sem precedentes, publicadas em setembro de 2016,
três times de pesquisadores concluíram que todos os humanos descendem
de uma única população que emergiu na África entre cinquenta mil e oitenta mil anos atrás


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Humano

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