PRÉ-HISTÓRIA - Homo Heidelbergensis

Ficheiro:Homo heidelbergensis adult male - head model ...

                                                                    Homo Heidelbergensis

Homo heidelbergensis é um hominídeo extinto que surgiu há mais de quinhentos mil anos
e perdurou, pelo menos, até cerca de duzentos e cinquenta mil anos (Pleistoceno medio).
Recebeu este nome pelo fato dos primeiros fósseis descobertos
terem sido encontrados próximo à Heidelberg, na Alemanha.

Provavelmente é o antepassado direto do Homo neanderthalensis na Europa,
além de apresentar bastante semelhança com os Homo sapiens arcaicos encontrados na África:
Homo rhodesiensis e Homo sapiens idaltu.

Hoje não se sabe se o H. heidelbergensis foi antepassado direto do homem moderno;
encontra-se entre o Homo antecessor, espécie pouco conhecida e baseada
em fósseis achados nas colinas de Atapuerca (Espanha),
e os H. neanderthalensis, na escala evolutiva.
Apresenta caracteres gerais intermediários entre H. erectus/H. ergaster e o H. sapiens.

A dieta do Homo erectus foi provavelmente baseada no cleptoparasitismo
(roubo da presa de animais predadores), na carniçaria
(que forneciam proteína e gordura de boa qualidade) e na coleta de vegetais,
no Homo heidelbergensis percebe-se um predomínio da dieta carnívora, com evidências de caça.

A pressão evolutiva para que se desenvolvesse a caça entre os H. heidelbergensis
estava nas condições ecológicas do território colonizado por estes hominídeos:
a Europa era fria e, durante seis meses, havia muito menos recursos alimentares vegetais
do que na África; a carniçaria e o cleptoparasitismo não forneciam nutrientes suficientes.

Isto havia induzido (por seleção) a aparição de condutas sociais dedicadas à caça:
grupos de H. heidelbergensis se organizavam para perseguir outros animais
e abatê-los em armadilhas naturais (precipícios, pântanos etc.)
ou desenvolviam grandes machados de pedra e, inclusive, venábulos rústicos de madeira.

Eram indivíduos altos (entre 1,75 e 1,80 m) e muito fortes
(chegando a pesar 100 kg)[carece de fontes],
apresentando um grande crânio (1.350 cm³) bastante aplanados em relação ao homem atual,
com mandíbulas salientes e grande abertura nasal.

A parte traseira do crânio é mais arredondado
do que nos H. erectus/H. ergaster e as maças do rosto são mais salientes,
como nos H. neanderthalensis, ainda que a face seja mais plana.

Seu aparelho fonador não difere muito ao do homem moderno,
o que leva a pensar que a linguagem, entendida de uma maneira diferente da atual,
já estava presente nestes grupos.

A morfologia da orelha externa e média sugere que tinham uma sensibilidade auditiva
semelhante aos humanos modernos e muito diferente da dos chimpanzés.
Eles provavelmente foram capazes de diferenciar entre muitos sons diferentes.

Achados recentes em um poço em Atapuerca (Espanha) de 28 esqueletos humanos
sugerem que H. heidelbergensis poderia ter sido
a primeira espécie do gênero Homo a enterrar seus mortos.

Não foram encontradas formas de arte, embora o ocre vermelho,
um mineral que pode ser usado para misturar um pigmento vermelho que seja útil como tinta,
tenha sido encontrado nas escavações da Terra Amata no sul da França.

Os utensílios associados com os fósseis consistem basicamente em "pedras de cortar"
e algumas ferramentas de lascas, como pontas e raspadores de madeira,
ossos e chifres, sendo os iniciadores desta técnica.

Dentro desta tecnologia está o machado de mão, talhado em ambas as faces.
Sua utilidade é muito diversa: de acordo com a análise de outras pedras,
o machado de mão era usado para curtir peles ou trabalhar em madeira.

Há quatrocentos mil anos, já utilizavam lanças de madeira rudimentares.
Também é provável que, nesta época, o fogo fosse utilizado, já que há evidências de fogueiras.


Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/Homo_heidelbergensis

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.